Setor contábil enfrenta desafios para preencher vagas com profissionais qualificados, aponta debate na Câmara de Contabilidade

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84% das organizações antecipam um déficit de líderes nos próximos cinco anos.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Deloitte, a escassez de mão de obra e habilidades foram apontadas por 71% dos líderes C-Level (executivos seniores) como um dos maiores desafios globais. Essa falta de profissionais qualificados é um problema que afeta o Brasil, que hoje está entre os 10 países com maior carência de talentos.

Em 2022, o índice de escassez de talentos no país superou a média global, atingindo 81%, dez pontos percentuais a mais que o ano anterior.

Durante uma reunião realizada pela Câmara de Contabilidade em dezembro de 2022, a executiva da área de Gestão de Pessoas, Wilma Dal Col, apontou que a tecnologia e a transformação digital, embora possam trazer automação, recursos rápidos e otimização, colocaram o foco nas competências humanas. Segundo ela, hoje é fundamental um profissional que saiba se relacionar, trabalhar em equipe e compartilhar conhecimentos.

Ainda segundo Wilma, as empresas costumam contratar por habilidades técnicas e demitir por questões comportamentais. Ela destacou a importância de buscar características nos profissionais que estejam alinhadas à estratégia, aos valores e ao jeito de pensar do negócio, e não apenas considerar aspectos técnicos na seleção de novos funcionários.

Uma pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial em 2020 mostrou que cerca de 40% das habilidades do trabalhador médio precisarão ser atualizadas para atender às demandas dos futuros mercados de trabalho nos próximos anos. E a pandemia de Covid-19 veio e acelerou esse processo.

Os dados da pesquisa mostraram que 75% dos empregadores não podem encontrar talentos com as habilidades que precisam para manter o crescimento, e 84% das organizações antecipam um déficit de líderes nos próximos cinco anos.

Diante desses desafios, o presidente do Sescon-SP, Carlos Alberto Baptistão, destacou a importância de cuidar das pessoas e reter a própria equipe, já que é muito mais oneroso e trabalhoso buscar novos talentos no mercado.

O debate sobre a escassez de profissionais qualificados também contou com a participação do coordenador da Câmara de Contabilidade, Márcio Teruel Tomazeli, e da diretora do Sescon-SP Regional em Osasco, Luciana Galli.

Fonte: Portal Contábeis com informações Sescon

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