Maternidade ainda pesa no emprego das brasileiras, aponta pesquisa

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Mães são 37% mais afetadas do que pais na probabilidade de estarem trabalhando após o nascimento do primeiro filho.

As brasileiras que se tornam mães ainda enfrentam um cenário desafiador no mercado de trabalho, mesmo após uma década do nascimento do primeiro filho.

Segundo um estudo recente da Universidade de Princeton e da London School of Economics (LSE), as mães brasileiras são 37% mais propensas a estar fora do mercado de trabalho do que os pais, mesmo após dez anos após o nascimento do filho.

O estudo, chamado “Child Penalty Atlas”, analisou dados de 134 países e concluiu que a América Latina é a região com o maior impacto da maternidade na empregabilidade das mulheres.

O Brasil está em linha com a média regional, com um “child penalty” similar ao do Chile (37%) e um pouco pior do que o Uruguai (35%). Já México e Argentina apresentam índices ainda mais preocupantes, com 44% de “child penalty” para as mães.

Impacto da maternidade no mercado de trabalho

A pesquisa destaca que, embora a diferença na empregabilidade entre homens e mulheres após o nascimento do primeiro filho seja um fenômeno universal, essa diferença varia entre os países.

Entre os principais fatores estão o nível de desenvolvimento econômico do país, a cultura e normas de gênero, além de políticas públicas de apoio à família.

No caso do Brasil, especificamente, o que mais contribui para o alto “child penalty” enfrentado pelas mães, são:

  • Falta de acesso à creche e outras formas de cuidado infantil;
  • Dificuldade de conciliar as demandas do trabalho com as responsabilidades familiares;
  • Prevalência de estereótipos de gênero que associam as mulheres ao cuidado do lar e dos filhos.

Para reduzir o impacto da maternidade na carreira das mulheres, o estudo aponta para a necessidade incentivar medidas como:

  • Ampliar o acesso à creche e a outros serviços de cuidado infantil de qualidade;
  • Implementar políticas públicas que incentivem a divisão igualitária das responsabilidades familiares entre homens e mulheres;
  • Combater os estereótipos de gênero que discriminam as mulheres no mercado de trabalho.

Ao abordar essas questões de forma abrangente e eficaz, o Brasil poderá criar um ambiente mais propício para a participação das mulheres no mercado de trabalho, promovendo a igualdade de gênero e o desenvolvimento social.

Fonte: Portal Contábeis.

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