ICMS/RR: Estado introduz alterações no RICMS

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DECRETO 28.405-E, DE 5-2-2020
(DO-RR DE 5-2-2020)


REGULAMENTO – Alteração

Estado introduz alterações no RICMS
Estas modificações no Decreto 4.335-E, de 3-8-2001 – RICMS-RR, dispõem sobre a substituição tributária nas operações com aparelhos celulares, com efeitos a partir de 1-2-2020.


O GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMA, no uso das atribuições que lhe confere o Art. 62, inciso III, da Constituição Estadual,
CONSIDERANDO o interesse do Estado de Roraima em adotar medidas que visem maior eficiência na aplicação da legislação tributária estadual,
DECRETA:
Art. 1º Fica incluída a Seção XXVII ao Capítulo II do Título III do Livro II no Regulamento do ICMS, Decreto nº 4.335-E/2001, com a seguinte redação:

“SEÇÃO XXVII
Das Operações com Aparelhos Celulares

Art. 839-T. Nas operações interestaduais e de importação com destino a este Estado com aparelhos celulares e cartões inteligentes, fica atribuída ao estabelecimento remetente, na qualidade de sujeito passivo por substituição tributária, a responsabilidade pela retenção e recolhimento do ICMS devido pelas subsequentes saídas, ou entrada no estabelecimento destinatário para uso ou consumo, realizadas por estabelecimento atacadista, varejista ou prestador de serviços de telefonia móvel.
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se a:
I – telefones para redes celulares classificados na posição 8517.12.3 da NCM, exceto por satélite e os de uso automotivo;
II – cartões inteligentes (“smart cards” e “sim cards”), classificados na posição 8523.52.00 da NCM.
§ 2º O imposto a ser retido pelo sujeito passivo por substituição será calculado mediante a aplicação da alíquota vigente para as operações internas, no Estado de Roraima, sobre o preço máximo ou único de venda a ser praticado pelo contribuinte substituído, fixado por autoridade competente ou de preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, deduzindo-se o imposto devido pelas suas próprias operações.
§ 3º Na hipótese de não haver preço fixado ou sugerido, a base de cálculo para a retenção será o montante formado pelo preço praticado pelo remetente, incluídos o frete, o IPI e demais despesas debitadas ao estabelecimento destinatário, adicionado da parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante, do percentual de margem de valor agregado ajustada (“MVA ajustada”), calculada segundo a fórmula “MVA ajustada = [(1+ MVA-ST original) x (1 – ALQ inter) / (1- ALQ intra)] -1”, em que:
I – “MVA-ST original” é 25% (vinte e cinco por cento);
II – “ALQ inter” é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual aplicável à operação;
III – “ALQ intra” é o coeficiente correspondente à alíquota prevista para as operações substituídas, na unidade federada de destino, nas operações com as mesmas mercadorias.
§ 4º Na hipótese de importação, deverá ser acrescentado à base de cálculo prevista no § 3º o valor relativo a outros impostos, quando devidos, as despesas aduaneiras e o montante do próprio ICMS.
§ 5º As disposições contidas neste artigo estendem-se, também, às operações internas realizadas por contribuintes estabelecidos neste Estado.
§ 6º Na impossibilidade de inclusão do valor do frete na composição da base de cálculo, o recolhimento do imposto correspondente será efetuado pelo estabelecimento destinatário, acrescido dos percentuais de que trata o § 3º.”
Art. 2º Os contribuintes que, em 29 de fevereiro de 2020, possuírem em estoque as mercadorias mencionadas no art. 839-T, deverão, de acordo com o art. 757 do Regulamento do ICMS:
I – efetuar levantamento do estoque das mercadorias;
II – calcular o imposto incidente sobre as mercadorias em estoque, mediante aplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo prevista no § 3 do art. 839-T;
III – recolher o imposto apurado na forma do inciso anterior em até 4 (quatro) parcelas mensais e sucessivas, vencendo-se a primeira no dia 20 de abril de 2020 e as demais no mesmo dia dos meses subsequentes;
IV – escriturar as quantidades e valores no Livro Registro de Inventário, com a observação:
“Levantamento de Estoque para efeitos do art. 839-T do RICMS”;
V – registrar, a débito, no Livro Registro de Apuração do ICMS o valor apurado, se for o caso;
VI – remeter à repartição fiscal do seu domicílio, até o dia 10 de abril de 2020, cópia da relação das mercadorias inventariadas e do cálculo do imposto devido.
§1º Para o cálculo do imposto previsto no inciso II do caput deste artigo, as empresas optantes pelo Simples Nacional que recolhem o ICMS nos termos da Lei Complementar 123/06 e os Microempreendedores Individuais – MEI deverão deduzir o crédito da UF origem, presumido ou destacado nas NF-e’s, decorrente da entrada das respectivas mercadorias, e o imposto efetivamente pago a título de antecipação do diferencial de alíquotas, proporcionais às mercadorias em estoque.
§2º As ações adotadas na forma deste artigo não implicarão reconhecimento da veracidade e legitimidade das informações prestadas, ficando sujeitas à homologação posterior pela administração tributária.
§3º Caso seja obrigado a apresentar a EFD, o contribuinte deverá preencher as informações necessárias, conforme prevê a legislação.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de fevereiro de 2020.

ANTONIO DENARIUM
Governador do Estado de Roraima
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