Membros da geração Z são o principal grupo que deixou de usar mais buscadores para usar mais as redes sociais (37%), enquanto os baby boomers foram os que menos fizeram essa transição (12%).
Se for para ser coerente com tendências da atualidade, o popular jargão “dar um Google” deveria incluir também plataformas de redes sociais. Isso porque os brasileiros parecem ter ampliado os canais que utilizam para realizar suas pesquisas online.
Pelo menos é o que indica a nova pesquisa do Capterra sobre o uso de mecanismos de busca online, que foi conduzida com a participação de 1.033 entrevistados em fevereiro de 2023.
O estudo identificou que pouco mais de cinco de cada 10 entrevistados (58%) utilizam tanto motores de busca quanto redes sociais para realizar suas pesquisas online.
Para fins de análise, os respondentes foram divididos em três grupos: os que usam ambos mecanismos de busca (a maioria, como visto acima); os que usam somente motores de busca (35%); e os que usam somente redes sociais (7%).
“A forte disseminação das redes sociais no País, conforme mostrou o próprio Capterra em outro levantamento, e o fato de elas terem se tornado um grande repositório de conteúdo online podem ter ajudado essas plataformas a serem vista como uma opção de canal de pesquisa”, comenta Marcela Gava, analista do Capterra responsável pelo estudo.
Por exemplo, ciente que adquiriu um novo tipo de uso, uma rede social de vídeos curtos já investe em anúncios se posicionando como uma opção para que seus usuários realizem pesquisas através da plataforma.
Outro ponto de destaque da pesquisa é a frequência de consultas por conteúdo online: quase metade (48%) dos respondentes diz pesquisar online mais de 10 vezes por dia.
“Importante destacar que, para 68% dos respondentes, o smartphone é o dispositivo favorito para realizar essas consultas. O fato de o suporte estar sempre ao alcance pode impulsionar a quantidade de pesquisas online realizadas pelos usuários”, conclui Gava.
Maioria não mudou preferência nos últimos anos
Apesar da presença das redes sociais dividindo espaço com os motores de busca, 64% dos entrevistados que usam ambos mecanismos não mudaram suas preferências nos últimos dois anos em relação ao método de pesquisa empregado.
No entanto, quando mudou, isso aconteceu principalmente porque as pessoas deixaram de usar mais buscadores para usar mais as redes sociais –caso de 25% dos entrevistados.
Nessa transição também se nota uma diferença geracional. Membros da geração Z são o principal grupo que deixou de usar mais buscadores para usar mais as redes sociais (37%), enquanto os baby boomers foram os que menos fizeram essa transição (12%).
Fonte: Portal Contábeis.