Pesquisa avaliou o impacto em setores como transportes, aluguéis, combustíveis, alimentos e mais.
Um novo estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais e obtido pela Folha de S. Paulo revela quais bens e serviços podem ter redução de preço com a implantação da Reforma Tributária.
O estudo faz parte do Movimento Pra Ser Justo e estima que itens de vestuário, bens duráveis, combustíveis, energia e telecomunicações vão ficar mais baratos.
Os alimentos teriam redução de 0,1 ponto percentual, no cálculo que não considerou a alíquota reduzida e a isenção para alguns desses itens que vão ampliar essa queda. O estudo prevê que a variação de preços por setor, sem considerar exceções, ficaria da seguinte forma: Vestuário (- 5,7%), Combustíveis (- 6,5%), Duráveis (- 8,8%), Telecomunicações (- 11,10%) e Eletricidade (- 11,60%).
Por outro lado, teriam aumento de preços transportes (+ 6,5%) e aluguéis (+ 4,8%), mas a reforma também passou a prever tratamento diferenciado para esses gastos.
Os serviços devem ficar mais caros (+ 10,4%), mas há exceções previstas que também podem minimizar esse impacto. Como esse aumento fica concentrado em famílias mais ricas, a expectativa é de aumento de consumo para as faixas de renda até cinco salários mínimos com serviços e queda limitada nas faixas mais altas.
Todos os cálculos da UFMG consideraram uma tributação uniforme para todos os bens e serviços, sem as exceções aprovadas na Câmara e que estão agora sendo analisadas pelo Senado.
Segundo o estudo, com a eliminação da tributação cumulativa ao longo da cadeia de produção e a adoção de uma alíquota única na reforma com cashback para os mais pobres, o preço final ao consumidor de diversos produtos, como eletroeletrônicos e energia, diminui, já que são setores que passam por mais etapas produtivas e, portanto, são mais afetados pela cumulatividade que existe hoje.
A análise por faixa de renda mostra que a reforma reduz o custo da cesta de consumo de todas as famílias com renda de até 8 salários mínimos (R$ 10,6 mil atualmente). Ou seja, 84% delas vão pagar menos pelos itens que consomem.
Os 16% que estão no topo da distribuição de renda têm impacto que chega a 2,5 ponto percentual na faixa acima de 30 salários mínimos.
Fonte: Portal Contábeis com informações Folha de S Paulo