O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta semana para decidir se eleva ou não os juros.
Analistas de bancos e corretoras projetam que o Banco Central (BC) vai manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana. A informação foi publicada nesta segunda-feira no relatório Focus.
O Copom reúne os diretores e o presidente do BC periodicamente para decidir o rumo da taxa Selic, principal instrumento do BC para controle da inflação. Na última reunião, que aconteceu em agosto, quando a Selic subiu de 13,25% para os atuais 13,75%, o BC disse que poderia analisar mais uma elevação dos juros para 14%.
Nesse contexto, o mercado está apostando que essa nova elevação não aconteceria e marcaria o fim do ciclo de alta de juros que foi iniciado em março de 2021. A projeção é que os juros começariam a cair em 2023, finalizando o próximo ano em 11,25%.
Alguns fatores pesaram nessa perspectiva dos agentes de mercado, como o teto da cobrança do ICMS em combustíveis e energia elétrica, que levaram à deflação em julho e agosto, com inflação acumulada de 8,73% nos últimos doze meses.
Além disso, o efeito da elevação dos juros teria efeitos somente para 2023, que tem uma inflação mais próxima de ficar dentro do intervalo de tolerância da meta 3,25%, que tem teto de 4,75% e piso de 1,75%.
Para o ano que vem, a inflação projetada pelo mercado vem caindo nas últimas 5 semanas e chegou a 5,01% no Focus desta segunda-feira.
No caso de 2022, as expectativas vêm caindo há 12 semanas, refletindo os cortes de impostos e o teto do ICMS, e chegaram a 6%, ante 6,82% há quatro semanas. A meta é de 3,5%, com teto de 5% e piso de 2%.
PIB
O impacto da PEC Eleitoral, que injetou R$ 41,2 bilhões na economia por meio do aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 e outras medidas, vem elevando as expectativas de mercado para o crescimento deste ano.
Nesta segunda-feira, o Focus mostra projeção de crescimento de 2,65%. Há um mês, a expectativa era de 2,02%.
Apesar do impacto positivo no crescimento no curto prazo, os efeitos negativos gerados pela incerteza fiscal devem ser duradouros e até rebaixar o crescimento no futuro.
Já o PIB de 2023 deve crescer 0,50% na visão do mercado. Essa é a mesma projeção apontada pelo Focus na semana passada.
FONTE: O Globo