PRESIDENTE DEFENDE "SIMPLIFICAÇÃO TRIBUTÁRIA"

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Uma semana depois do aumento dos impostos, com impacto no preço dos combustíveis, o presidente Michel Temer saiu em defesa ontem da “simplificação tributária”.

Ele afirmou sua gestão será lembrada no futuro pelas reformas estruturantes em votação no Congresso e ressaltou que concluirá os “dois anos e oito meses” de mandato.

“Se nós conseguirmos realizar mais essas três [reformas], como conseguiremos, ninguém poderá dizer que nós passamos em branco nestes dois anos e pouco de governo”, afirmou, reportando-se às reformas da Previdência Social, política e tributária.

Temer discursou na cerimônia de assinatura dos novos contratos de concessões de quatro aeroportos: Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis. Ele retomou a defesa da reforma tributária. “Temos que enfrentar a simplificação tributária. O setor empresarial não tolera mais, o povo em geral não tolera mais este número infindável de medidas que complicam a questão tributária, ao invés de simplificá-la”, afirmou.

No fim de semana, Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reuniram-se com o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que liderou forte reação à alta dos tributos e ressuscitou o slogan “eu não vou pagar o pato” contra o aumento de tributos. O objetivo era convencê-lo da necessidade da medida e de que seria possível aprovar a simplificação tributária.

A reforma do PIS/Cofins em discussão no governo agrada a indústria, mas enfrenta resistência do setor de serviços. Já no início do ano, o presidente acenou com esse modelo mais restrito de reforma, com foco exclusivo nas mudanças do PIS/Cofins, mas a crise política suspendeu o processo. Essa reforma demanda projeto de lei ou medida provisória, enquanto uma reforma tributária ampla demandaria mudanças na Constituição, com o risco de perda de arrecadação para os Estados.

No dia em que a pesquisa CNI/Ibope mostrou que 70% da população reprova a sua administração, Temer cobrou aplausos da plateia. “Aliás, estavam faltando palmas, viu? Na próxima vez, vamos trazer um puxador de palmas”. O público presente aplaudiu os ministros responsáveis pelas concessões: Moreira Franco (Secretaria Geral), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Maurício Quintella Lessa (Transportes).

Fonte: Valor Econômico

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