É hora de o contribuinte fica atento as mudanças no layout do eSocial, adverte o sócio-diretor da ASIS Projetos, Ulisses Brondi. Estudo feito pela companhia mostra que é crucial que se dê a importância devida ao local onde os dados deverão ser mostrados e validados.
“O layout do eSocial é fundamental, porque é ele que define quais informações o Fisco necessita ter conhecimento, sempre de acordo com o negócio praticado pela empresa. É de extrema importância que a empresa tenha conhecimento do layout e dos campos que serão de preenchimento obrigatório, para que não haja inconsistências ou ausência de informações, fatos que podem gerar autuações e/ou fiscalizações”, pontuou o estudo. O novo layout – versão 2.2 – foi lançado no começo de setembro.
O estudo da ASIS, divulgado em primeira mão pelo portal Convergência Digital, levou em consideração os projetos desenvolvidos pela empresa nos últimos três anos. Após mapear as principais mudanças no layout 2.2, que passou a ter 45 eventos, com 2736 campos, totalizando um aumento de 5% no número de eventos e 14% no número de campos.
O primeiro desafio, destaca o levantamento, é entender quais são os campos necessários para sua empresa, já que há mudanças dependendo do modelo de negócio: segundo a cartilha do eSocial, 89% dos campos são obrigatórios em um âmbito geral, enquanto na média de empresas mapeadas pela ASIS em diversos segmentos da economia 76% de campos são obrigatórios. Essa redução no número de campos a serem preenchidos pode diminuir o tempo de preenchimento e a complexidade das informações a serem apresentadas. Quanto menos preenchidos, menor a chance de erros.
O levantamento elencou outros tipos de problemas enfrentados no projeto eSocial. Para facilitar a qualificação, os principais desafios foram classificados em três tipos:
1.Analisar: Informações que a empresa precisa ter o olhar mais crítico para saber se a situação gerará uma ação de correção ou apenas atualização do gap trazido naquele evento.
2.Atualizar: Dados que a empresa precisa atualizar para que a base do e-social esteja com informações seguras.
3.Corrigir: Dados que a empresa terá um esforço maior para alterar um processo já implementado e que trará impactos relevantes.
Dentro dessa classificação, a conclusão da pesquisa da ASIS Projetos foi de que 53% dos dados devem ser analisados, 15% devem ser atualizados, enquanto 32% das informações prestadas devem passar por correção.
Para Brondi, “esse novo layout exige que as informações inseridas em cada campo estejam aderentes, ou seja, de acordo com a legislação vigente. Além disso, outra boa prática é avaliar as informações que hoje são realizadas nas obrigações acessórias que serão substituídas pelo eSocial: SEFIP, RAIS, CAGED, DIRF, pois, como agora passarão a estar em um único módulo de informações, os dados constantes em tais obrigações devem ser os mesmos, para que não haja divergência no cruzamento desses dados no eSocial”.
O levantamento buscou também os principais gaps sistêmicos encontrados hoje. Apesar do alto investimento feito em software para gerenciaamento dos impostos, muitas vezes as inconsistências apresentadas podem ser consequência problemas associados a falhas no processo de levantamento, especificação técnica/funcional e análise de sistemas para atender exigências do layout do eSocial.
Veja quais são os principais problemas apresentados:
50% CAMPOS NÃO LOCALIZADOS: Não foram localizados os campos para serem imputadas as informações solicitadas.
20% LAYOUT FORA DO PADRÃO: Existe o campo, porém, não foi atualizado de acordo com o layout atual do eSocial.
30% NÃO HÁ PREENCHIMENTO: Existem os campos, estão conforme o layout, porém não foram imputadas informações pelo usuário.
30% NÃO HÁ SISTEMA: Não existe na empresa um sistema que trate as situações que envolvam a parte de Segurança e Medicina.
*Com informações da ASIS Projetos
FONTE: CONVERGENCIADIGITAL.UOL.COM