Relatório sobre inflação da instituição diz ainda que metade dos analistas considera que as medidas vão continuar no próximo ano
O Relatório trimestral sobre inflação do Banco Central mostra que parte das medidas artificiais implementadas pelo governo federal para redução dos impostos sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações se concretizaram e puxaram a inflação ao consumidor para baixo, mas para outras seus efeitos ainda não se manifestaram plenamente.
Em outro trecho do texto, mostra que metade dos analistas consultados considera que as medidas têm potencial para serem mantidas no próximo ano. O Orçamento enviado pelo presidente Bolsonaro prevê a manutenção de desonerações tributárias para os combustíveis. E o ex-presidente Lula também prometeu manter a desoneração de ICMS.
Segundo o texto, foi perguntado aos analistas quais eram suas estimativas de impacto das medidas e quanto estava incorporado em suas projeções. Considerando medianas das respostas, para 2022 o impacto potencial estimado é de -2,5 p.p. Para 2023, tendo em vista que algumas das medidas deixariam de vigorar, haveria impacto potencial altista de 0,6 p.p.
Segundo o relatório, o potencial não foi todo incorporado às projeções. No caso da projeção para 2022, a maior parte do efeito (-2,0 p.p.) foi incorporado. No caso da projeção para 2023, mais da metade dos analistas respondeu não incorporar nenhum impacto, por atribuírem alta probabilidade de que as desonerações temporárias tenham continuidade no próximo ano.
Também segundo o relatório, algumas das iniciativas rapidamente se concretizaram e puxaram a inflação ao consumidor para baixo, mas para outras seus efeitos ainda não se manifestaram plenamente.
FONTO: O Globo