Relatório também revela que os 10% mais ricos concentram 41% do valor de todas as despesas dedutíveis no IRPF.
Um novo levantamento do Ministério da Fazenda, divulgado no final de dezembro de 2023, revelou que 51% da renda total do país em 2022 estava concentrada em apenas 10% dos declarantes do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) .
Ao analisar a riqueza dos contribuintes (soma de bens e direitos declarados no IR) no mesmo ano, a concentração fica ainda maior e mais chocante: os 10% mais ricos concentram 58% da riqueza nacional.
O relatório da pasta analisou os dados do IRPF de 2021 e 2022 e detalhou a desigualdade na distribuição de renda e riqueza entre os brasileiros.
A pesquisa também revela que o Distrito Federal é o estado com a maior renda média do país (mais R$ 14 mil por mês), seguido por São Paulo e Rio de Janeiro.
Em 2022, a Receita Federal recebeu cerca de 38,4 milhões de declarações do IR, o que corresponde a 35,6% da População Economicamente Ativa (PEA) do país. No ano, deveriam entregar a declaração aqueles que tenham recebido ao menos R$ 28.559,70 de rendimentos tributáveis, R$ 142.798,50 em receita bruta da atividade rural ou R$ 40 mil em rendimentos, inclusive não tributados ou tributados na fonte.
O relatório também mostra que quanto maior a renda do declarante, maiores foram as despesas dedutíveis apresentadas, sendo que os 10% mais ricos concentram 41% do valor de todas as despesas dedutíveis no IRPF.
Quando o assunto são as isenções do IR, os lucros e dividendos ocupam o primeiro lugar, chegando a 35% do total, seguido pela isenção de pequenas e microempresas optantes pelo Simples Nacional.
Fonte: Portal Contábeis