A lenta recuperação econômica e o alto desemprego limitarão a arrecadação federal ao longo de 2019. A expectativa é que o aumento das receitas com tributos só aconteça com a reação do mercado de trabalho, depois da aprovação da reforma da Previdência Social.
Dados divulgados ontem pela Receita Federal apontam que a arrecadação total da União atingiu, em janeiro, R$ 160,4 bilhões – queda real de 0,66% em relação a igual período de 2018. Em dezembro último, o recuo foi de 1,03% e em novembro havia sido de 0,27%.
De acordo com o professor de da Faculdade Fipecafi, Diogo Carneiro, o crescimento das receitas do governo com impostos e contribuições sociais depende do desempenho da economia, situação que ainda continua “muito fraca” frente ao desequilíbrio fiscal, à reforma da Previdência e ao ambiente externo.
“No momento, as empresas continuam esperando maior segurança para voltar a investir e estimular o crescimento. A incerteza atrasa a atividade econômica e, consequentemente, prejudica a arrecadação”, explica Carneiro, da Fipecafi.
Os especialistas reiteram que as reformas são importantes, mas a contratação só chegará em um segundo ou terceiro momento.
FONTE: DCI