Apesar de moderação, inflação segue elevada em 12 meses, aponta Copom

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BRASÍLIA  –  O Comitê de Política Monetária (Copom) avalia na ata da última reunião que, “não obstante moderação observada na margem, a elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos 12 meses contribui para que a inflação ainda mostre resistência”.

O documento traz modificações mínimas em relação à versão anterior, de janeiro, embora o colegiado tenha optado por reduzir o ritmo de ajuste da taxa básica de juros de 0,50 ponto de aperto para 0,25 ponto percentual. Na semana passada, o Copom subiu a Selic de 10,50% para 10,75% ao ano.

O parágrafo da ata que resume a mensagem central de política monetária traz uma breve modificação em relação ao documento referente à reunião de janeiro, ao reconhecer que a inflação teve moderação na margem. Mas enfatiza, como vinha fazendo anteriormente, que a inflação segue mostrando resistência.

O Copom reafirma que, nesse contexto, “inserem-se também os mecanismos formais e informais de indexação e a percepção dos agentes econômicos sobre a dinâmica da inflação”.

“Tendo em vista os danos que a persistência desse processo causaria à tomada de decisões sobre consumo e investimentos, na visão do Comitê, faz-se necessário que, com a devida tempestividade, o mesmo seja revertido. Dessa forma, o Copom entende ser apropriada a continuidade do ajuste das condições monetárias ora em curso”, revela a ata.

Sobre 2015, a projeção para a inflação no cenário de referência do Banco Central (BC) reduziu-se em relação ao valor considerado na reunião de política monetária de janeiro, mas segue acima do centro da meta, de 4,5%. Para 2014, a projeção para a inflação permaneceu relativamente estável, porém ainda acima do centro da meta.

O cenário de referência considera a manutenção da taxa de câmbio de R$ 2,40 e a taxa Selic em 10,50% em todo o horizonte relevante.

 

 

Fonte: Por Alex Ribeiro, Eduardo Campos e Lucinda Pinto | Valor

 

 

 

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